História - Equipe 01

- Vamos, acorde! 
Abro os olhos e me viro de lado. São 5:00 da manhã e meu avô já está acordado me esperando para cuidar da fazenda juntos. A minha irmã mais nova, Angel, já está acordada à minha espera. Levanto procurando os chinelos.
Eu sou Stevan Carter, estudante do 1º ano do ensino médio do colégio mais próximo. Eu e minha irmã, Angel, cuidamos da fazenda há dez anos. Crescemos aqui juntos. Meus pais morreram quando eu tinha seis anos e ela quatro, morreram de acidente de carro. Não sofri muito com a perda porque não convivia muito com eles, e sim com o meu avô Josh, ele já tem sessenta e sete anos, e ele é o meu maior medo. Acho que não suportaria a dor de o perde-lo.
- Vamos logo! As vacas já estão famintas – diz Angel, do outro lado da sala.
Levanto, visto uma camiseta branca um pouco manchada, e uma calça jeans velha. Escovo os dentes, e saio.
A fazenda é à 500 metros daqui, vamos andando. Chegamos lá, vovô abre a cerca e entramos.
- Primeiro as vacas, depois as galinhas, vai pros cachorros e depois os porcos. – diz vovô apontando para cada um dos animais. – Ah, e quando terminarem, vão para trás do celeiro, onde ficam os tanques e a lagoa. Vou cuidar dos passarinhos hoje.
Eu e Angel terminamos o trabalho em uma hora e meia. Já estamos exaustos, o sol já nascera deixando toda a plantação linda.
Vamos até o fundo do celeiro e vovô está sentado numa cadeira de balanço.
- Vamos abrir esse tanque hoje, caso precise – diz ele apontando para o tanque subterrâneo – Sem perguntas.
Fico surpreso com a atitude do vovô, ele nunca fez isso antes. Acredito que seja da velhice.  Eu e Angel nos entreolhamos, e vamos tirar o tampão de cimento para abrir o tanque.
É um pouco pesado mas conseguimos. A largura é mais ou menos de 1 metro e meio, é bem grande e fundo.
Hora de ir para casa.
O dia passa rápido e já escureceu. Quase na hora de dormir.
- Lembre-se do dia de hoje meninos – diz vovô.
Eu e Angel concordamos e vamos dormir.
+++
Acordo com barulhos de gritos vindo da rua. Abro a janela e o barulho aumenta, pessoas correndo e gritando, mães com seus bebês no colo, crianças, adultos, todos. Avisto Angel no meio da algazarra.
- Angel! Angel! – grito o mais alto possível, ela não me escuta. O que está acontecendo?
Abro a porta e saio de casa. Meu avô também deve estar no meio do pessoal, porque ele não está dentro de casa.
Pessoas me empurram enquanto eu tento andar à direção oposta. Quero saber porquê essa correria, quero saber o que aconteceu.  Ando 30 metros na direção oposta e avisto um enorme veículo parado no meio da estrada. Chego mais perto... Uma nave? Mais pessoas correndo, até que avisto um ser diferente. Da mesma altura que nós humanos, mas era laranja e com enormes olhos. Segura uma arma na mão. Ele está atirando nas pessoas e imediatamente elas caem no chão, mortos. E depois outros deles puxavam para dentro da nave. Há dezenas, centenas de seres do mesmo formato de cor laranja e olhos enormes.
- ALIENS! ALIENS! CORRAM!
Alienígenas? Como pode ser? Fico paralisado com o choque, ainda não acredito. Até que uma das pessoas que estão correndo me puxa e me empurra para trás. E acabo correndo com ele, o mais rápido que posso. Olho para o lado e vejo que o homem não está do meu lado, ele ficou para trás. Olho um pouco mais para o horizonte e avisto o homem, e não era um homem qualquer, era o meu avô. Um dos aliens aponta a arma para a cabeça dele e atira, outro puxa o seu corpo para dentro da nave.
Fico paralisado novamente, caio de joelhos não contendo as lágrimas. Até que mais pessoas me ajudam a levantar e sair dali. Corro, mesmo com as lágrimas caindo, tento correr o mais rápido que posso. Avisto Angel pela multidão, corro em direção a ela, e ela me avista.
- A FAZENDA, O TANQUE! – grito para ela, e ela faz sinal de que entendeu.
Corro ao lado dela,  juntos, em direção à cerca da fazenda. Meu pé tropeça num corpo desmaiado no chão. Caio com a cara na estrada, com muito impacto. Viro-me para frente, ainda sentado no chão, e vejo um dos aliens à apenas 2 metros de mim. Congelo, não consigo me mexer, ele aponta a arma para mim e fecho os olhos. Ouço um grito:
- Stevan!
Abro os olhos, Angel está correndo em minha direção, e pula bem na hora que a arma atira. O “laser” vai direto no seu peito, e ela cai no chão com olhos arregalados, morta. Outro alien a puxa para  a nave.  Agora eu sou o alvo novamente. Crio coragem e levanto, lágrimas escorrendo sem parar nos meu rosto. Mas contenho. Corro mais rápido que os aliens, chego ao tanque, e a tampa está aberta. Fecho os olhos e pulo.
Vejo pelo reflexo que os aliens passaram despercebidos. Nado para o fundo do tanque. E vejo algumas coisas estranhas no fundo. Um arco. Nado até lá e o pego, tem flechas ao lado, e mais um pouco ao lado, um balão de oxigênio. Imediatamente adapto à mim, e consigo respirar.
A água me salvou.
De alguma forma o meu avô sabia que isso iria acontecer, não sei como.
Sou muito grato à ele e sempre serei.
Espero um bom tempo até o oxigênio acabar, e subo à superfície com o arco e a flecha.
Não avisto aliens, mas tudo está destruído ao redor. Toda a fazenda, os animais, tudo.
Vou para o centro da cidade, tudo está queimado e destruído. Avisto mais ou menos 5 pessoas andando, os únicos sobreviventes. Avisto um alien, pego uma das flechas e atiro. O atinge em cheio, e ele cai morto.
A nave ainda está lá, aberta. E avisto alguns aliens entrando.
Tento arrancar o coro do alien que eu matei, mas não é preciso. É uma máscara, eles são humanos. Visto a máscara e corro para a nave. Entro despercebido e avisto humanos sentados no painel de controle. A minha vontade é de matar todos que estão ali, eles mataram minha família. Fecho os olhos e choro.
A nave começa a subir, e estou dentro dela.
Eu tenho a chance de salvar os outros países que serão atacados, antes que eles dominem o mundo.
Eu tenho que descobrir o que é isso e por quê.
Eu tenho a chance de salvar o mundo dessas pessoas.
Eu tenho de salvar.
Eu vou me vingar.
Eu tenho a única chance.
Eu tenho a última chance.

Nenhum comentário:

Postar um comentário