História - Equipe 02

Começo do Fim

 - Agente Marvey, temos um problema na operação Águia - disse o Agente D, com relutância.
  Agente Marvey era conhecido por não suportar nenhum tipo de problemas. Afinal, ele havia se feito naquela organização secreta da CIA assim, sem erros. Então, ele não suportava a ideia de alguém na sua equipe cometê-los, ou até mesmo, tomar alguma atitude que resultasse em um problema. 
 - O que foi? - perguntou o Agente Marvey com rispidez, se aproximando da grande tela feita de vidro ultramoderno, ocupado pelos melhores nerds e gênios da computação que o mundo já viu. 
  - Olhe para a tela, senhor. - respondeu uma mulher, que sentava um pouco mais distante e teclava rapidamente no vidro liso e brilhante que era usado como teclado. A modernidade daquele setor ainda assustava o Agente Marvey. 
  O Agente olhou para a tela, procurando algo de errado no cenário que via. 
  Porém, antes de eu lhe contar qualquer coisa sobre a operação Águia, você precisa saber do que aconteceu antes.
 O Jogo foi uma iniciativa ultra-secreta que as Forças Armadas, a Marinha e o Serviço Secreto Americano junto com todas as organizações tanto secretas quanto públicas, haviam se juntado para criar. O objetivo do Jogo: treinar soldados, dá-los experiência prática de guerra e estratégia em apenas uma semana de treino. Algo que seria impossível de se conseguir nesse pequeno período de tempo.
 Passados diversos conflitos envolvendo a briga pelo petróleo na Antártica, os Estados Unidos precisavam se precaver. Então criaram uma arma biológica, um soro, que causava danos ainda piores do que a bomba atômica. Era inovador. Era leve e letal. Foi batizado de G685.
 Após várias pesquisas, foi descoberto um informante no meio dos cientistas que criaram o soro, e logo começaram-se rumores sobre armas parecidas em outras potências geográficas. 
Rússia, França, Inglaterra, Japão, todos esses países estavam interessados na fórmula do Soro. 
Vários atentados terroristas, tentativas de furto, e estratégias foram montadas pelos países que queriam a fórmula. Por isso, os EUA, destruíram o Projeto G685, deixando apenas uma amostra, e escondendo aonde ninguém poderia imaginar: colocaram o Soro dentro do Jogo, um espaço virtual, aonde ninguém sem a permissão dos Oficiais poderia entrar. Mas, com o grande poder corrupto dentro dos portões do Serviço Ultra Secreto, em poucos meses, todos já sabiam da existência do jogo. 
Por isso, foi designado um Agente para dentro do mundo Cibernético. Um Agente sem família e sem filhos, designado á apertar o botão de desligamento por dentro do jogo. 
Sacrificando-se a si mesmo pelo bem da humanidade. Mas isso era o que diziam.
O Agente entrou no jogo. Nesse meio tempo, as cópias para o mesmo, as máquinas que eram utilizadas foram deletadas, destruídas, restando apenas uma, escondida dentro das entranhas do setor mais secreto do país: a organização RE136. 
Tudo foi abafado, e aparentemente esquecido. Aparentemente. 
 - O que é aquilo? - perguntou Agente Marvey.
   O Agente D deu zoom na tela, esforçando-se para ver o objeto prateado que o invasor, uma figura vestida de cientista, parecendo assustada, carregava debaixo do braço. Um CD. O jogo. 
 - Parem aquele indivíduo, imediatamente! - Gritou o Agente Marvey, batendo com força os punhos na tela delicada do teclado virtual. 
   Isso não poderia estar acontecendo. Não hoje. 
   A figura se movimentava com tanta agilidade e certeza que até parecia que conhecia tudo dentro do Complexo Militar. Porém, o Agente Harvey era mais esperto. Em apenas alguns segundos haviam cerca de vinte soldados atrás da figura de branco. 
   Pelas câmeras de segurança, o Agente Marvey monitorava a figura correndo, virando corredores, batendo em alguns de seus soldados mais bem treinados. O Agente não conseguia deixar de se inclinar em direção da tela, querendo ao máximo poder enfiar suas mãos calejadas pelos anos de Exército, na grande tela e arrancar o famigerado que ousava intervir em sua missão de manter o Jogo á salvo. 
   Até que... Simplesmente tudo ficou escuro.
   - O que houve!? - Gritou o agente, batendo as mãos novamente no vidro sensível ao toque. 
  - Houve um desligamento interno das câmeras, senhor. - Disse o nerd sentado na cadeira a frente de um monitor mais antigo. 
  O Agente Marvey contou cinco segundos. Apenas cinco segundos até as câmeras religarem. 
  Os soldados apareceram, parecendo desnorteados, e a figura de branco, havia sumido.

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