Poema 03: O lado obscuro que ninguém vê - Larissa Mendes

O lado obscuro, que ninguém vê...

A selva de pedra começa a perder o cinza de sempre, devagar, dá lugar ao verde resplandecente. 
Com dezembro, vem o carnaval de falsidades, e as àrvores que tanto dão valor nunca são de verdade;
Vem surgindo e resaltando mais intensamente, com ardor, o vermelho que toma conta, e é mais que a chama de amor.
As luzes que piscam, mistificam, brilham como os olhos inocentes, que muitas vezes não podem ter nem se quer um presente.
É tudo tão mágico e ao mesmo tempo trágico, enquanto uns comemoram outros choram, porque o whisky só marca presença na mesa de quem tem cacife, na mesa da minoria, que na verdade é maioria é um par de asas e um monte de travessa vazia, só pra dar anestesia na mente, porque geral curte mentir e adora se iludir na festa que é muito farta, mas resta promessa e falta atitude, geral sem virtude.

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